Quarta-feira, 29 de Dezembro de 2004

Liberdade

Na minha odisseia quotidiana por terras lusas, observo com olho clínico, o cozinhado de palops, ciganos, indianos, europeus do leste e portugueses, e parece-me uma espécie de cozinhado cujos ingredientes ñ se misturam, uma espécie de refeição preparada com sal, açúcar, pimenta e caril, que apesar de intragável todo mundo come cinicamente, como ovelhas passivas, induzidas como um rebanho sem guarida.

Eu penso que a vida é uma dadiva, e a liberdade é como o hiphop, cada 1 dá a sua definição, sem critérios, sem barreiras, pq se por 1 lado os houvesse, a palavra deixava de existir, e por outro ñ havendo leis e regulamentos, surgem as contradições e fragmentações, a política, a esquerda e a direita e a religião, que lutam de século a século pela hegemonia q resulta sempre no parcial, no contentamento de alguns, e no descontentamento da maioria.

Sem revelar de que lado me ponho na trincheira, sinto que cada qual teve a sua oportunidade e nenhuma venceu. Tanto a esquerda e a direita fracassaram. Tanto que hoje em dia falar em esquerda e direita é cinismo, hipocrisia pura, o capitalismo matou o mundo como Caim matou o Abel. N existe democracia mas uma nova aristocracia em que cada estrela da bandeira americana representa um barão que se encontra espalhado pelo mundo a servir uma minoria.

Nike, Mcdonalds, General Motors, Marlboro, Coca-Cola, hummm…tão bom. Estamos todos a viver na américa, ou a querer viver segundo os padrões de vida americana, de forma consciente ou inconsciente. Tou cansado de areia atirada aos olhos, de uma vida constituída de uma rotina trabalho casa, casa trabalho, sem ter tempo de pensar, sem tempo de viver, sem espaço pra criar. São tantas as coisas e ideias que me passam pela cabeça e que n consigo assentar pq tou demasiado preocupado em chegar atrasado a uma aula.

E com isto tudo n venho oferecer uma perspectiva nastradómica, ou profética, n me venho gabar q tenho nos cantos recônditos da minha mente a solução pró mundo, mas antes a minha humilde perspectiva que repousa numa noção mto simples, n existe liberdade, senão a liberdade da mente, a liberdade intelectual, é matéria, pensamento nada mais, nada menos.

Liberdade pra mim ñ é o Guevara, mas as suas ideias, liberdade pra mim ñ é a américa do sonho americano, do materialismo, dos carros, casas e dinheiro, mas as suas ideias, se é que as têm. Liberdade é este sismo de ideias confusas, debitadas aleatoriamente sobre esta folha. Liberdade és tu. Liberdade somos nós. N cabe ao Bush determinar isso por mim, mto menos esta democracia de fantoches portuguesa, n sigo ninguém, para alem de mim próprio, grito dentro do labirinto da minha massa cinzenta.

Muitos perguntam o que é ser Underground, e o que é underground pra mim. Underground? partilho a perspectiva do Pete Rock: “Underground é ter a liberdade de fazeres aquilo que pensas e sentes independentemente do que isso seja”. Pra mim underground é liberdade.

Salvaterra

 

Quarta-feira, 22 de Dezembro de 2004

Salvaterra              Bob da rage sense

Engano na Hip Hop Nation

Na edição 14 da revista Hip Hop Nation saiu um artigo, sobre Bob da rage sense que repousava essencialmente sobre o seu último trabalho “Bobinagem”, eu, tendo trabalhado no projecto e como membro do grupo dele, Carpediem, partilhei o fardo das respostas.

Contudo ao ler a revista, foi com alguma decepção que vi as minhas palavras serem trituradas e utilizadas fora de contexto, ao explicar como via o cenário do hiphop tuga.

Argumentei que o hiphop nortenho era mais subliminal, subjectivo, e que por outro, o de Lisboa, era menos egocêntrico, directo, politico-social e como eu e o bob gostávamos de beber dessas duas fontes.

Ao exprimir essa ideia sobre os mc´s de Lisboa citei um verso do Bónus, da música “Nada Muda” da compilação Poesia Urbana vol 1 em que ele explicava como havia “muitas músicas contra o sistema mas que ninguém aprofundava os temas” para ilustrar que vejo muita gente por Lisboa a reclamar sem apresentar soluções.

E a revista cometeu um erro grave ao dizer que eu considerava o Bónus como um mc que escrevia sem aprofundar os temas, ou seja precisamente o contrario do que eu queria dizer, não posso deixar isto passar em branco, tratando-se de um mc por quem eu tenho muito respeito e da deturpação da minha perspectiva, humilde ou controversa é minha, não tenho outra e não a gosto de ver fragmentada em estilhaços que me arrancam o carácter e  a alma .

Salvaterra

 

Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2004


Jean Grae

O que é que é preciso para se ser um grande Mc? Eu diria: Dedicação, Inteligência, Sensibilidade e Criatividade. Curiosamente ou não estes também são conceitos que definem Jean Grae, uma das melhores liricistas americanas nos dias de hoje. E esqueçam o enquadramento sexual, porque dizer que Jean Grae é a melhor mc feminina é muito redutor para o talento dela. Nos EUA, para este novo século, vão-se referenciando nomes como Talib Kweli, Immortal Technique, Nas, mas os mais atentos não esquecerão certamente de incluir Jean Grae neste quadro.

Com o passar dos anos e com a infiltração das correntes gangstaz, playas, e pimpalistics na cultura Hip Hop, o Mcing foi ganhando elementos bélicos e machistas que obviamente bloquearam a entrada de muitas mulheres no nosso movimento. Hoje as majors americanas só contratam rappers femininas para fazer xixolina rap. Ex: Foxy Brown, Lil Kim, Trina etc.

O facto de nunca termos visto uma mulher a ser premiada como melhor mc do ano, pelas Elementals, Sources ou Hip-Hop Connections nada tem a ver com a menor capacidade delas para o rap. Acreditar que as mulheres não conseguem ter a mesma aptidão e habilidade que os homens para o rap, é machismo do mais primário que existe.

O problema vem obviamente do nº. Provavelmente mais de 90% dos mc's são homens, por isso é muito mais fácil encontrar um super liricista nessa maioria esmagadora (e opressora), do que na minoria feminina desvalorizada.

Por tudo isto foi muito bom para mim ouvir “This Week” e “Jeanious”, 2 álbuns de Jean Grae que ouvi este ano, e que serviram para colocá-la imediatamente no lote dos meus mc's preferidos.

Conhecendo e partilhando os sentimentos de quem é estereotipado e minimizado à partida, faço um apelo a todas as mc's para que nunca se deixem abater pelos preconceitos, dogmatismos e contra-sensos impostos pela sociedade e pelo pseudo-movimento Hip Hop. Nunca desistam, há uma Jean Grae dentro de todas vós.

Valete

 

Quarta-feira,8 de Dezembro de 2004

Mp3's e activismo

Depois da popularização da Internet nos anos 90, muita gente tem perdido tempo a reflectir sobre os benefícios e malefícios desta febre de downloads. Esta revolução tecnológica e comportamental fez diminuir significativamente as vendas dos álbuns, mas ao mesmo tempo ajudou a propagar e a internacionalizar a música de quase todos, até daqueles que sobreviviam no anonimato.

Será certo ou errado recorrer aos Kazaas, I-meshs, E-Mules, Soul Seeks etc para sacar músicas sem remunerar directamente os seus autores e editores? É uma pergunta difícil, mas vejamos a questão de outra forma: Será possível tirar dinheiro do nosso bolso para comprar todos os álbuns que desejamos ter? No meu caso, posso-vos garantir que não. Como não posso comprar tudo o que quero, resolvi adaptar os meus critérios de compra de cd's, à minha filosofia anti-capitalista.

Gosto de alguns artistas que estão em editoras majors, mas abdico de comprar os seus álbuns em favor de outros que são lançados por editoras independentes. Álbuns editados pela Sony, Universal, BMG etc, se gostar, tiro da net. Prefiro desviar o meu dinheiro para uma pequena empresa resistente do que para uma multinacional sanguessuga. Isto é activismo manos. Assim como os Black Phanters pediam aos negros americanos para fazerem circular o dinheiro que tinham apenas dentro da comunidade, e assim como Jesus Cristo (salvador ou impostor) pediu que olhássemos pelos mais desprotegidos, nós também devemos ter a preocupação de favorecer com o nosso dinheiro aqueles que têm menos.

Não é preciso fazer parte de movimentos revolucionários nem de se ser politizado para se ser um activista. O DJ que nas festas não inclui rap bling bling no seu set é um activista. O Professor que não se restringe ao programa de ensino pré-formatado e oferece aos seus alunos conhecimentos adicionais fidedignos é um activista. O trabalhador que oferece solidariedade total a um colega seu explorado ou despedido sem justa causa é um activista. Todos nós podemos sê-lo.

Sempre que puderes come os teus Hamburguers em Relotes e Tasquinhas em vez de comê-los em MacDonalds

Sempre que puderes compra as tuas roupas em lojas de bairro, em vez de comprares nessas grandes cadeias de pronto-a-vestir.

Sempre que puderes vai divertir-te em house partys, em vez de ires a Mussulos e Kremlins.

Sempre que puderes compra as tuas coisas no mercado negro e paralelo em vez de comprares em Colombos e Amoreiras.

Sei bem que nem sempre há hipótese de tirarmos as multinacionais do nosso circuito de escolha (até porque em algumas áreas de comércio eles têm tudo monopolizado), mas sempre que puderes tenta fazê-lo. Esta máquina capitalista é alimentada por nós, por isso temos o poder de destrui-la. Não alimentem o monstro.

Valete

 

Sexta-feira,15 de Outubro de 2004

"Somehow the rap game reminds me of the crack game" Nas

No Sábado passado estava num dos muitos bairros ainda degradados da linha de Sintra, e encontrei um mano (16 anos) que há uns 3 anos atrás costumava ir a Benfica (ao Bunker), assistir às sessões de freestyles e battles que nós do Canal 115 e rappers da zona costumávamos fazer. Vi aquele mano junto de outros sócios, posicionado exactamente no local onde os pequenos dealers interagem com os toxicodependentes.

Fui ter com ele, e ficámos a falar durante uma hora. Ele disse-me que largou a escola, o pai foi para Cabo-Verde (foi arranjar trabalho e cuidar de outra família que tinha lá) e que ele como filho mais velho tinha que pôr dinheiro em casa. A mãe trabalha 14 horas e não chega a ganhar 100 contos. Ele tem dois irmãos mais novos que estão na escola primária.

Começou a fazer uns assaltos, agora está no tráfico. Perguntei-lhe quanto tempo esperava continuar assim. Ele disse-me que sabia que não ia durar muito, e que ia apostar tudo para poder ser rapper. Queria preparar-se para poder viver do Rap aqui em Portugal, julgando ele que eu e os rappers que vão lançando álbuns conseguimos viver daquilo que cuspimos.

Disse-me que para além de poder ser preso hoje ou amanhã, não gostava da lógica de “contrato laboral” que conhecia no tráfico de droga.

Era capaz de fazer 200 / 300 contos por dia, mas nunca ficava com mais de 20 contos. Tinha que entregar o resto ao “patrão”. Achava-se muito bem pago comparado com os salários praticados no mundo lícito, mas o que ganhava nunca lhe daria possibilidade de sair do bairro e investir noutro negócio qualquer, sabendo ele que tinha uma profissão de risco e muito pouco duradoura.

Ele é muito novo, mas assombrosamente lúcido. Alongámos a conversa, expliquei-lhe que só 2 ou 3 gajos é que vivem do rap em Portugal, e trocando ideias, observações e opiniões, concluímos que a Indústria da música onde o rap se inclui funciona com os mesmos princípios do tráfico de droga.

A música é cada vez mais um negócio; onde vale quase tudo; onde só as editoras (Big dealers) ganham dinheiro ; onde cada vez mais se tentam vender produtos sem qualidade (Coca misturada com farinha) que deseduca e destrói esta juventude consumidora de música (os drogados).

Tentem fazer com que o Hip Hop tuga fique longe disto.

Valete

 

Sexta-feira,3 de Setembro de 2004

Immortal Technique

Mesmo considerando-me politicamente anti-americano, devo reconhecer que culturalmente ando bem próximo da maioria dos jovens que se americanizam com a televisão, o cinema, e a música. Nesta fase da minha vida já me consegui libertar da deterioração e banalidade artística de Hollywood, e dos artistas pré-fabricados das Sonys e Universais, mas continuo agarrado à América com o seu cinema alternativo, com o seu vanguardismo, com alguma literatura, e essencialmente com o Hip Hop.

O Hip Hop foi de facto o ingrediente fundamental para a criação desse meu elo com os Estados Unidos. Sou duma geração que vivia da ressaca do brilhantismo de mc's como KRS-ONE ou Rakim, e que viu nascer liricistas como Nas, Common ou Notorious BIG.

Até 98/99 fui acompanhando dedicadamente todos os acontecimentos, e sentia que as coisas seguiam o seu rumo natural. Em cada ano saiam sempre 3 ou 4 álbuns clássicos e apareciam sempre 1 ou 2 novos mc's que vinham incomodar e desafiar os proclamados Kings.

A partir dessa altura, senti uma mudança. O Hip Hop nos Estados Unidos tornou-se a maior potência da indústria musical e muito do que comecei a ver no mainstream era pouco mais do que, Futilidade, Exibicionismo, Machismo e Pornografia. Tudo isto quase sem talento.

A cena Independente também se agigantou, e tornou-se difícil para mim, ir tendo contacto com a maioria das coisas que iam saindo. Do que ouvi, posso dizer que gostei de algumas coisas, mas nunca mais vi mc's a encarnar a genialidade e o espírito de Professores como KRS-ONE ou Rakim. Entre 99 e 2003, ao contrário do que era habitual, não consegui apaixonar-me por nenhum dos mc's que foram aparecendo (excepto Dead Prez , por razões de atitude e identificação política). Desliguei-me muito do Hip Hop americano. Sentia muita repetição, resignação e falta de inspiração.

Até que a meio de 2003, vejo acidentalmente a Source (outrora para mim revista indispensável, hoje revista indesejável) e na secção de Hip Hop Quotable, estava uma letra de Immortal Technique do seu álbum “Revolutionary vol II”. Gostei muito daqueles 20 e tal versos que li. Consciência e Inteligência Metafórica.

Passado uns tempos, recebo um e-mail do Brigadeiro Mata-Frakuxz, a dizer-me que tinha de ouvir o tal Immortal Technique. Como não é de estranhar, muitos desses álbuns phats não têm distribuição em Portugal, e fui obrigado a tirá-lo da net…

Satisfação e alívio, foi o que senti. “Revolutionary vol II”é um clássico. Immortal Technique é a reincarnação do liricismo que trouxe esses mc's eternos que citei no segundo parágrafo. Para além de ser radicalmente politizado à esquerda como eu, também aprecio imenso a intensidade e a escola de battle que ele põe sempre nas rimas. Se ainda não ouviram, façam favor…

Valete

 

Domingo,19 de Setembro de 2004

A Internacionalização do Mundo

A ideia deste blog, era que ele fosse preenchido principalmente por mim, pelo Adamastor e o Bónus. Assim será. Mas nesta altura o Adamastor e o Bónus encontram-se com as suas agendas de vida preenchidíssimas e quase nem têm tempo para respirar.Por isso durante uns tempos eu e se calhar mais alguns, vamos tentar manter este blog vivo.

Agora deixo-vos este texto (que me foi enviado pelo Grande L) em que o principal interveniente foi o ministro de Educação Brasileiro Cristovam Buarque, e no seu conteúdo e conclusão encontrarão aquilo que defendo para o mundo como humanista que sou.

Nota: Este texto foi transcrito em português do Brasil.

Durante um debate  numa universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DFe actual ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Esta foi a resposta do Sr.Cristovam Buarque:
"De facto, como brasileiro eu simplesmente falaria contra internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não  o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.
Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais.
Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que NovaYork, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris,Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!".

Valete